terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mitos e verdade sobre o OVO


Durante muito tempo, ele andou por baixo, acusado de ser uma bomba de colesterol. A má fama começou há cerca de 40 anos, desde que se cogitou a relação entre o ovo e as doenças do coração. Mas, na década de 1990, vários estudos contrários a essas acusações começaram a pipocar. 

Uma das descobertas mais importantes, apresentada em um trabalho realizado pela Universidade de Kansas (EUA), foi a de que apenas uma pequena parcela do colesterol sanguíneo provém da dieta e a maior parte é produzida pelo próprio organismo. E o ovo possui uma substância (fosfolipídeo) capaz de interferir na absorção do colesterol, impedindo sua captação pelo intestino, que é o responsável por levar tal substância para o sangue. Portanto, aumentar a ingestão de colesterol não provoca necessariamente elevação importante em seus níveis. 

Passou-se então a se dar mais destaque ao valor nutricional do ovo que, além de saboroso, é de baixo custo. Excelente fonte de vitaminas A e do complexo B e de carotenoides, que colaboram na prevenção de doenças degenerativas. Rico em minerais, como ferro, fósforo, selênio e zinco. 

E quanto ao limite no consumo? 
Considerando uma alimentação saudável, o recomendado seria até uma unidade por dia. Um ovo contém 213 miligramas de colesterol, ou seja, quase o total da ingestão diária recomendada pela Associação Americana do Coração, que é de 300 mg. Entretanto, nem todo colesterol ingerido tem como destino certo o entupimento das artérias. A substância participa de funções importantes no organismo, como formação de hormônios. 

Houve um grande movimento de pesquisadores para tirar o ovo do banco dos réus. E todos reuniram provas suficientes para absolver o alimento da grave acusação de ser o vilão do coração. Ficou comprovado que não existe relação entre o colesterol presente no ovo e o aumento das taxas de gordura nociva ao organismo. Se a ideia é ganhar ou evitar a perda de massa magra, o ovo pode ser um grande aliado.

Na clara, mais especificamente na ovoalbumina (proteína) há uma boa quantidade de leucina, aminoácido utilizado em suplemento nutricional que evita a perda de musculatura. Na gema, a leucina também aparece, mas em pequena quantidade. Alimento de alta saciedade, o ovo faz com que a pessoa fique menos faminta e demore mais para voltar a ter fome. Como a gema é cheia de gorduras monoinsaturadas e ômega-3, consideradas do bem, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue. Em equilíbrio, evita picos de insulina e aquela vontade louca de beliscar ou comer o que há pela frente.

A colina, uma substância nutritiva encontrada em alguns alimentos, é importantíssima para melhorar a memória e a capacidade cognitiva e para a formação de novos neurônios. O consumo desse nutriente é de grande importância para prevenir doenças como Alzheimer e Parkinson. A colina também é importante durante a gravidez, pois a substância ajuda a fortalecer o desenvolvimento do feto.

E quem leva a melhor, gema ou clara?
A gema que mesmo na presença de colesterol e gordura, traz mais benefícios pois oferece muita proteína e micronutrientes para a nossa saúde.

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