sábado, 29 de janeiro de 2011

Porque a reidratação é importante na atividade física?

A reidratação, ou reposição hídrica na mesma quantidade que a perda de água, é importante para prevenir um declínio no volume de ejeção ventricular e manter a termogênese com o aumento do fluxo sangüíneo. A necessidade de reidratação depende do tipo e da intensidade da atividade física e, conseqüentemente, da quantidade de água perdida. Quando a desidratação é leve ou moderada, com perda corporal de até 6%, pode causar fadiga, perda de apetite e sede, pele vermelha, intolerância ao calor, tontura, oligúria e aumento da concentração urinária. Quando grave, com perda corporal acima de 6% da água corpórea, a desidratação pode levar a dificuldade na deglutição, perda de equilíbrio, pele seca e murcha, visão fosca, delírio e espasmos musculares.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ATENÇÃO: menos de uma fruta por dia, aumenta o risco de anemia!

 Estudo realizado pelas Universidades Federal de Viçosa e Federal de São Paulo (Unifesp) acaba de mostrar que, entre crianças de 6 a 12 meses atendidas pelo sistema público de saúde, o fator mais fortemente relacionado com a ocorrência de anemia não foi a ingestão diminuída de carne, mas a baixa ingestão de frutas. Tanto na análise univariada (razão de chances, OR, de 2,29, p = 0,004) quanto na análise após correção para renda familiar per capita (OR = 1,88; p = 0,003), comer frutas menos que uma vez ao dia aumentou significativamente o risco de desenvolver anemia, definida como hemoglobina sérica menor que 11 mg/dl.

O trabalho envolveu 205 crianças cujos pais foram convidados a participar pelos profissionais de saúde das unidades de atenção básica de Viçosa (MG). Dados antropométricos das crianças e dietéticos foram coletados. A prevalência de anemia foi alarmante: 57,6% dos pacientes estavam com a hemoglobina abaixo de 11 mg/dl; entre estas, 41,5% tinham hemoglobina abaixo de 9,5 mg/dl. Os autores comentam: “a prevalência em relação à população geral pode estar superestimada, visto que os participantes do estudo podem ter sido justamente as famílias que suspeitavam que as crianças estivessem com anemia. Por outro lado, estudos de prevalência de anemia baseados em amostras representativas de populações brasileiras encontraram taxas iguais ou mesmo maiores do que a que detectamos; portanto, essa freqüência pode realmente representar a população de Viçosa. O fato de que 41,5% das anêmicas tinham baixos níveis de hemoglobina mostra que a deficiência de ferro neste grupo pode ser resultado de depleção precoce dos estoques de ferro e longa duração da anemia.”

Entre as variáveis demográficas, apenas a renda familiar per capita se associou com a anemia: famílias recebendo menos que meio salário-mínimo mensal tinham chances 2,54 vezes maiores de desenvolver anemia. A ingestão de carne vermelha (OR 2,19; p = 0,021), de fígado (OR 2,43; p = 0,034) e o uso de suplementos de ferro (OR 2,37; p = 0,011) se associaram inversamente com o risco de anemia. No entanto, após ajuste desses dados para a renda familiar, apenas a associação inversa da anemia com a ingestão de fruta diariamente e com a suplementação de ferro permaneceu significativa (nem mesmo a ingestão de carne continuou significativa na análise multivariada). Menos de metade das crianças estudadas estavam tomando suplementos.


"O ácido ascórbico melhora a absorção de ferro por facilitar a redução dos íons de ferro a ferro ferroso, que é mais solúvel, e também inibe a formação de complexos insolúveis de ferro e outros constituintes da dieta que previnem a absorção desse mineral", explicam os autores.

"Se na população estudada a ingestão de fruta ocorre perto das refeições, isso poderia contribuir para uma maior biodisponibilidade do ferro consumido. Carne, em geral, é considerada uma ótima fonte de ferro (...) mas é cara, o que limita o aceso de famílias de baixa renda", concluem os autores.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Água de coco, faz maravilhas para sua saúde!


Se você é daquelas pessoas que não dispensa uma saborosa água de coco gelada, pode ficar ainda mais feliz: essa deliciosa bebida pode fazer maravilhas por sua saúde. 

Um copo desse líquido precioso equivale às calorias de uma laranja ou meia maçã; portanto, é ideal para ser consumida entre as refeições. Dessa forma, aquela vontade de comer um lanchinho à tarde é satisfeita de forma saudável e pouco calórica.

E tem mais ...

Ideal para os dias quentes, a água de coco ajuda no funcionamento do intestino, pois é rica em potássio, e não apresenta grande quantidade de calorias (22 para cada 100ml). Além disso, por possuir composição semelhante ao plasma sangüíneo, essa bebida pode atuar como soro fisiológico, prevenindo casos de diarréia com risco de desidratação.

As pessoas que fazem quimioterapia também podem consumí-la sem medo, pois a bebida costuma ser bem tolerada (coisa que não acontece em relação a outros líquidos).

E os benefícios não param por aí...

A polpa do coco verde, embora extremamente calórica (590 calorias a cada 100 gramas) é bastante nutritiva. O leite dela extraído, após passar por um processo de retirada da gordura, pode ser usado na alimentação infantil para crianças que apresentam intolerância ao leite de vaca.

Mas, cuidado! Mesmo apresentando tantas vantagens, hipertensos e diabéticos não devem consumir água de coco em excesso, pois o líquido contém muito sódio e carboidrato.

Mais uma recomendação: 
Na hora de comprar a fruta, preste atenção para não 
escolher aquelas que apresentem casca trincada e 
manchas marrons; e depois de aberta, consuma o 
líquido imediatamente ( tais cuidados evitarão que 
o sabor da água seja alterado por causa da acidez).

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ração Humana: Boa ou Ruim?


A ração humana é um suplemento com diferentes tipos de cereais, ricos em fibra, que auxilia na perda de peso. Ela é completa (por isso o nome “ração”), dando a sensação de saciedade e reduzindo o apetite. Isso além de trazer outros benefícios como: auxílio no funcionamento e regularização do intestino, lubrificação e regeneração da flora intestinal, prevenindo a constipação, controle dos níveis de colesterol e açúcar no sangue, redução dos níveis de triglicerídeos e aumento do colesterol bom (HDL), diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares.

A ração humana pode substituir uma ou duas refeições, mas, sozinha, não emagrece. É necessário apostar no bom e velho exercício físico, além do constante consumo de verduras, legumes e frutas. Além disso, é muito importante beber bastante água, pois a quantidade de fibras presente nessa mistura é bem elevada. Se você não beber água, poderá prejudicar – ao invés de ajudar – o trabalho do seu intestino.

Cuidado para não extrapolar na quantidade, pois, em excesso, a ração pode causar o efeito contrário, levando ao aumento do peso. Não se esqueça que, além das calorias da ração humana, há também as calorias do leite e da fruta nos quais você vai acrescentar o suplemento. Tome nota: em média, 50 gramas (4 colheres de sopa) da ração tem 170 calorias.

Você pode substituir o café da manhã, o lanche da tarde e/ou a ceia pela ração humana. É só adicionar duas colheres de sopa de ração no suco, iogurte ou leite desnatado. 
 

Diabéticos, atenção! A ração humana não pode ser consumida por quem tem diabetes, pois sua composição é rica em açúcares e carboidratos. Fora isso – e na dose certa – está liberada!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Bebidas com adoçantes artificiais podem causar ganho de peso?


Um estudo prospectivo que acompanhou 166 crianças em idade escolar durante um ano descobriu que o aumento do consumo de refrigerantes com adoçantes artificiais está associado com a elevação no IMC (índice de massa corporal). Outro grande estudo que envolveu 11.654 crianças de 9 a 14 anos também relatou associação positiva entre refrigerantes diet e ganho de peso, em que para cada dose diária da bebida diet foi encontrado o aumento de 0,16 kg/m2 no IMC.

Evidências também mostram que tanto a ingestão de refrigerantes diet ou com açúcar estão associados com o aumento da ingestão calórica diária total, foi o que concluiu o estudo realizado pelo National Institute of Health (NIH), Estados Unidos. Este trabalho acompanhou 2.371 meninas com idade entre 9 a 19 anos durante 10 anos, no entanto, a correlação entre refrigerante dietético e IMC não foi significativa.

Estudos que buscaram investigar a perda de peso em indivíduos com sobrepeso ou obesidade com o uso de adoçantes artificiais não encontraram resultados satisfatórios. Um ensaio clínico controlado e randomizado, que substituíram bebidas adoçadas com açúcar por bebidas com adoçantes artificiais, não foi capaz de diminuir o IMC após 25 semanas de substituição.

Pesquisadores também vêm descobrindo que a ingestão de aspartame pode estar associada com o aumento do consumo total de energia, sugerindo uma maior compensação das calorias reduzidas.

Estudos experimentais descobriram que quanto maior o consumo de alimentos de sabor doce, tanto fornecido pelo açúcar quanto por adoçantes artificiais, podem levar ao aumento do apetite. Evidências também sugerem que o aspartame pode, de alguma forma ainda não esclarecida, aumentar a fome e/ou consumo de energia, resultando em maior ingestão calórica e aumento de risco para obesidade. Estes estudos apresentam a hipótese de que existe uma compensação entre o gosto doce e o conteúdo calórico. 
No entanto, os resultados ainda são inconclusivos.

Está bem esclarecido que o açúcar oferece grande quantidade de carboidratos, que são rapidamente absorvíveis e levam à ingestão excessiva de calorias, conseqüentemente ao ganho de peso. Portanto, é necessária a restrição do seu consumo do açúcar. No entanto, a sua substituição por adoçantes artificiais deve ser cautelosa. Embora ainda não esteja completamente claro o papel das bebidas diet no peso corporal, os estudos sugerem que haja limitações quanto ao seu consumo, para que não haja compensação através do aumento no consumo de outros alimentos de alto teor calórico.

Quais são as principais propriedades da cafeína?

Evidências científicas sugerem que o consumo moderado de cafeína pode exercer efeitos benéficos sobre vários sistemas fisiológicos. Uma revisão bibliográfica publicada em 2010 destacou que o consumo moderado (200-300 mg) da cafeína possui as propriedades de:

1) Diminuir a fadiga mental;
2) Aumentar o gasto energético de repouso;
3) Diminuir a sensação de esforço associado à atividade física;
4) Melhorar o desempenho físico, motor e cognitivo;
5) Aumentar a capacidade de concentrar e focar a atenção;
6) Reforçar a memória de curto prazo;
7) Aumentar a capacidade de resolver problemas que requerem raciocínio;
8) Aumentar a capacidade de tomar decisões;
9) Melhorar a coordenação neuromuscular.

Pesquisa confirmou uma destas propriedades quando observou que após 20 minutos do consumo de 100 mg de cafeína, indivíduos saudáveis apresentaram aumento da atividade neural em áreas cerebrais associadas com a atenção durante a execução de atividades que exigiam o uso de memória de curto prazo como, por exemplo, armazenar número de telefone por alguns minutos.

A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) pertence a uma classe de compostos chamada xantina que apresenta estrutura química semelhante ao neurotransmissor adenosina. Esta substância possui ação farmacológica sobre o sistema nervoso central, pois pode aumentar a eficiência das redes neurais do córtex cerebral.

Existem relatos que devido a sua estrutura química ser semelhante a adenosina, a cafeína pode potencializar a neurotransmissão pós-sináptica no sistema nervoso simpático e, com isso, estimular o aumento do gasto energético.

Este efeito foi observado em um estudo científico em que homens saudáveis tiveram aumento significativo do gasto energético após 30 minutos da ingestão de cafeína em dose superior a 50 mg. Este efeito persistiu por pelo menos 4 horas, aumentando em 6% no gasto energético de repouso total.

Em um estudo duplo-cego, randomizado e controlado, mostrou que o consumo de 100 mg de cafeína, 2 horas e meia antes da atividade física, melhorou o desempenho de ciclistas.

Entretanto, cabe ressaltar que o consumo excessivo de cafeína pode causar efeitos adversos, como irritabilidade, dores de cabeça, insônia, diarreia e palpitações do coração.